sexta-feira, junho 29, 2007

HIC! HIC! HIC!

Estou feliz e com soluços...

terça-feira, junho 26, 2007

Distraída...

Tenho andado tão distraída que hoje ia ser atropelada por 3 vezes... :
De qualquer forma, esta falta de concentração, tendo por base uma alegria imensa, é bem vinda.. sempre me ajuda a esquecer os problemas do trabalho, e me obriga a andar "perdida" por longe... bem, bem longe... :)
Um utente meu comentou que usa como estratégia de descontracção "desenhar monstros". Diz que eles saem de dentro dele e ficam presos ao papel, e que depois de desenhados, fica a contemplá-los, e eles perdem importância. Estou cheia de vontade de experimentar!! Tenho uns monstrinhos fofos para deixar sair... a verdade é que não desenho há muito tempo... talvez tempo demais... talvez por isso alguns dos meus monstros se tenham acumulado.
Monstros? Venham eles!!

domingo, junho 03, 2007

Instantes diferentes



"Era sempre ao voltar que ela tinha consciência de que tinha estado fora. Fora das coisas que lhe eram próximas, fora das uas rotinas. Fora dos seus pensamentos. Fora de si mesma.
Era ao voltar a si mesma que ela dava conta de ter sido outra, de ter sido talvez nada por momentos.Naquele dia, porém, dava conta de que não estava em si... sabia-se longe... sabia-se ausente... mas por mais que caminhasse ao seu encontro, não voltava a ser-se. Instantes de abstracção por vezes duram instantes maiores... prolongam-se por momentos que existem maiores dentro dela, existem duma forma egoista, como se só existissem eles, de todos os instantes que podem existir no pequeno universo dos instantes. De entre todos, os das saudades insistem em ser enormes. Os dos remorsos competem pela infinitude. E principalmente, os maiores, os instantes de perda teimam em ser realmente os maiores.Havia nesse dia algo de diferente. Podia senti-lo. A chama que lhe haviam emprestado estava menor, como que deixando de ter o fôlego que a mantinha. Nesse dia, era a perda. Essa chama, dizia ela, era como uma força anímica, uma energia renovadora, a parte do seu espectro que a impelia para o futuro e para a felicidade, e que alterava a própria frequência das suas vibrações.
Esse dia, era dia de perda. Podia senti-lo, tão presentemente como o toque das suas mãos na pele do seu pescoço, como o frio nos braços, como o peso do corpo nos pés. Sentia que algo que lutava por si, a acompanhava, a tinha abandonado.
Sentia-se sozinha, e esse instante era enorme. [...]"
RDurães, 03 Junho 2007
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